
Introdução: Barreiras determinam a ineficácia de programas de promoção e manutenção da saúde bucal em mulheres grávidas. Objetivo: Interpretar as barreiras percebidas para a adoção de comportamentos preventivos em saúde bucal por mulheres grávidas na cidade de Montería, Colômbia. Materiais e métodos: Estudo qualitativo, micro etnográfico, que utilizou observação direta, diário de campo e entrevistas em profundidade com 19 gestantes da comuna 4 de Montería, Colômbia. Resultados: O medo foi a principal barreira para as gestantes solicitarem atendimento odontológico. A naturalização da presença de cáries e perdas dentárias devido á gravidez, a percepção de medo do profissional em atendê-las, bem como a precariedade do atendimento odontológico foram os motivos para que as mães consolidassem as práticas domiciliares como alternativas odontológicas para atenuar as condições bucais. Conclusão: As barreiras construídas pelas gestantes podem ser as causas para que os programas de promoção da saúde bucal direcionados a elas não sejam totalmente efetivos, portanto o esforço da equipe de saúde materna deve trabalhar em conjunto para reconhecê-las como sujeitos ativos e aprenderem juntos como minimizar crenças e atitudes de risco à saúde.