
Introdução: As instituições de ensino superior têm implementado abordagens de aprendizagem ativa como a Sala de Aula Invertida para promover a formação dos seus alunos. No entanto, existem evidências contraditórias sobre os benefícios derivados da sua implementação. Objetivo: Determinar a efetividade da aplicação da sala de aula invertida na formação de estudantes universitários dos cursos de graduação em Ciências da Saúde. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão narrativa sistematizada da literatura publicada entre 2012 e 2022, utilizando Pubmed, SciELo, Scopus e Web of Science como fontes de artigos primários. A versão revisada do modelo Kirkpatrick foi utilizada para avaliar a eficácia da sala de aula invertida. Resultados: foram obtidos 1.020 artigos, dos quais 34 entraram na fase de síntese quantitativa. Os alunos valorizam positivamente este modelo didático e reconhecem o seu contributo no desenvolvimento de atitudes, conhecimentos e competências. Alguns estudos mencionam aumento na carga horária e nos níveis de estresse dos estudantes. Conclusões: As evidências sugerem que a sala de aula invertida é um modelo didático válido para a formação de estudantes em Ciências da Saúde. Estudos futuros deverão considerar a eficácia da sua implementação a nível organizacional e a longo prazo.