
Introdução: A prevalência de periodontite apical em dentes com tratamento endodôntico varia entre 35 e 60 %, uma forte associação foi encontrada com relação ao grau de inflamação sistêmica gerada pela periodontite apical, como altos níveis de citocinas pró-inflamatórias, proteína C reativa e interleucina 6; estudos relatam que o tratamento endodôntico adequado pode reduzir os níveis de proteína C-reativa em indivíduos saudáveis e naqueles com periodontite apical. Objetivo: Avaliar a frequência da periodontite apical em uma população adulta colombiana selecionada e sua correlação com a qualidade do tratamento endodôntico. Materiais e métodos: Estudo transversal analítico observacional; a frequência de periodontite apical foi determinada em 318 CBCT de pacientes de uma subpopulação de Bucaramanga e Medellín, foi avaliada a associação da qualidade do tratamento endodôntico com o estado periapical. Resultados: Apenas 37,66% dos dentes avaliados foram considerados saudáveis, 44,81% dos dentes foram classificados como tratamento endodôntico adequado. A qualidade do tratamento endodôntico influenciou significativamente a condição do periodonto apical. Conclusões: Os tratamentos avaliados apresentaram alta frequência de periodontite apical, que foi amplamente associada à alta frequência de tratamentos endodônticos inadequados.